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Resumo

A instabilidade crônica do tornozelo é definida pela recorrência de entorses, onde as estruturas ligamentares envolvidas estão tensionadas ou rompidas. O quadro clinico compreende a persistência de queixas álgicas residuais, associada a constante sensação de instabilidade. A mobilização articular é frequentemente utilizada para alívio da dor, ganho de amplitude de movimento (ADM) e recuperação da artrocinemática, retorno a função e melhora da estabilidade. O objetivo do estudo foi descrever os efeitos dos diferentes protocolos de terapia manual sobre a amplitude de movimento e recuperação da artrocinemática da articulação em indivíduos com instabilidade crônica do tornozelo. Foi realizada uma revisão não sistemática da literatura, nas bases de dados PubMed e PEDro com artigos com ensaios clínicos randomizados, publicados entre 2013 e 2018, utilizando as seguintes palavras chaves: manual therapy, chronicankleinstability, physicaltherapy. Foram selecionados 5 ensaios clínicos que utilizaram diferentes protocolos de terapia manual. Dois utilizaram a terapia de Mulligan, sendo um comparando à manipulação talocrural isolada e nãao foram observadas diferenças em relação a ADM.  O outro estudo demonstrou aumento da dorsiflexão, controle dinâmico postural e aumento da estabilidade. A técnica de Maitland foi utilizada em dois estudos. Um estudo associou duas mobilizações dessa mesma técnica, porém não ocorreram alterações. Outro estudo demonstrou eficácia em relação ao ganho de ADM, no entanto o controle postural dinâmico não foi alterado. Também foi observada e comparada em um estudo 2 tipos de tração, oscilatória e sustentada, e não foram identificadas diferenças significativas em relação ao controle postural e artrocinemática do tornozelo. A técnica de Mulligan foi superior a manipulação talocrural sobre a amplitude de movimento da dorsiflexão após 6 meses e da sensação de estabilidade. Em outro estudo, ambas as técnicas tiveram efeitos semelhantes sobre a amplitude de movimento. A técnica de Maitland foi eficaz no aumento da dorsiflexão do tornozelo, sem modificações na excitabilidade neural e controle postural dinâmico. A terapia manual associada a mobilização talocrural não alterou o controle postural ou a artrocinemática do tornozelo. A tração talocrural, se usada como tratamento autônomo, não tem efeitos imediatos sobre a ADM ou controle postural em uma única aplicação, e o modo de tração realizada, oscilatório ou sustentada, não modifica os desfechos.

Palavras-chave

Fisioterapia instabilidade crônica do tornozelo terapia manual.

Article Details

Como Citar
do Nascimento, G., Velasco, P., Tavares, R., & Chicayban, L. M. (2018). EFEITOS DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE TERAPIA MANUAL NA INSTABILIDADE CRÔNICA DA ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO. Biológicas & Saúde, 8(27). https://doi.org/10.25242/886882720181455
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